sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

22 Coisas que Aprendi em Victoria

Ou "4 Meses Muda Muito a Gente"

Em poucos dias, estarei me despedindo do Canadá e voltando para o Brasil. Por mais que eu sinta saudades da minha família, des meus amigues e das minhas calopsitas, Victoria será um lugar do qual eu não vou esquecer por vários motivos. Comemorei meu aniversário de 22 anos aqui e, por isso, selecionei 22 lições que aprendi.

  1. Estar longe não é a mesma coisa que estar separadas.
  2. Tim Hortons dá de 10 a 0 no Starbucks. Amei o Iced Capp!
  3. Estações do ano têm uma capacidade gigante de afetar a gente. Eu no frio não sou reconhecível.
  4. Paulistanes precisam recuperar o contato com a natureza. Urgentemente.
  5. Meu transtorno de ansiedade ainda me afeta ainda mais do que eu pensei.
  6. Focas são os cãezinhos do mar.
  7. Devemos fazer um abaixo-assinado para termos Halloween no Brasil.
  8. Aulas de artes não servem somente para ensinar técnica, mas pra nos fazer sair da zona de conforto.
  9. Desenhar gente pelada é divertido. HAHAHA.
  10. Os memes que Canadenses pedem desculpa por tudo são reais.
  11. Amigues podem vir de todas as partes do mundo. Tailândia, Dinamarca, Indonésia, França, Sudão, Japão e, claro, Canadá!
  12. Intercâmbio não é só passeio nem é fichinha.
  13. Lojas de materiais de artes são meu paraíso e minha perdição.
  14. Pintar o cabelo é incrível. Especialmente se você usar mais de uma cor.
  15. Chá tailandês é sensacional.
  16. Alunes de Artes Visuais capricham no Halloween.
  17. Aqui ninguém sabe o que é um temaki!
  18. Yuri!!! On Ice é o melhor anime de 2016.
  19. Papel importa muito num desenho.
  20. Natal é assunto sério em uma cidade turística.
  21. Artistas que você admira são mais humanes que você pensa.
  22. Amo desenhar e com certeza vou continuar desenhando.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Como me Apaixonei por Esbocar Lugares

Ou "Fazendo Propaganda Gratuita para os Urban Sketchers"

Adoro desenhar. Desenho desde pequena. Comecei com os bonecos-palito, passei pelo anime e agora estou numa fase de descobrir tecnicas e meu estilo.

Porem, h'a nao muito tempo atras, uma amiga me convidou para um encontro de desenhistas. O grupo iria pra algum lugar da cidade (na epoca, Sao Paulo) e desenharia o que viam.

Em todos os meus anos de desenho, nunca passou pela minha cabeca reproduzir o que eu via, tentar realismo. Na minha cabeca. realismo nao tinha graca. Todos desenhariam a mesma coisa, da mesma maneira, porque todos viam a mesma coisa, da. Nao fazia sentido pra mim. Ate que fui em um dos encontros.

No Parque da Juventude, zona norte de Sao Paulo, onde ficava o antigo Carandiru, cheguei atrasada e nao consegui me encontrar com o grupo antes de comecar. Entao, eu e Flavia nos sentamos e comecamos a desenhar. Escolhemos o mesmo predio, do mesmo angulo: a Biblioteca de Sao Paulo.


Saquei um lapis grafite 2B, uma caneta com ponta de pincel e meus lapis de cor neon. Flavia me disse que nos encontrariamos com es outres daqui 4 horas (!). A maioria dos meus desenhos termino em 30 minutos. Nao gosto de pensar muito sobre os detalhes. 4 horas depois, desenhamos a biblioteca e fiz uns desenhos rapidos de pessoas jogando Pokemon GO. So de ver os nossos desenhos, do mesmo lugar, tao diferentes, ja me bateu uma nova impressao sobre realismo.

Quando nos encontramos com o grupo para ver os desenhos, minha cabeca estava a mil por hora! Era tantas cores, tecnicas, linhas diferentes! Cada pessoa tinha uma visao tao diferente da outra. Foi inspirador. Foi assim que conheci o grupo Urban Sketchers.


Como uma organizacao internacional, ele surgiu em 2007, simplesmente para apoiar desenhistas a desenhar juntos, em lugares. Diretorios nacionais surgiram em cidades mundo afora e hoje conta com 51.000 membros!

Foi uma surpresa descobrir que ate em victoria eles tem um diretorio! Conheci o grupo sabado passado e me apaixonei de primeira. Com certeza, desenhar em locacoes vai ser um dos meus hobbies favoritos por um bom tempo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A Cidade dos Jardins

ou "City Tour Virtual de Victoria"

E a sumida reaparece! Hehehê.

Alguns já sabem e outros podem estar desinformados: estou morando em Victoria no Canadá esse semestre. Até dezembro vou estudar aqui e blogar daqui também.



Essa postagem de hoje é mais pra apresentar a cidade e também de dar minhas opiniões (sei que sobre isso dá pra escrever um livro inteiro, mas vou tentar dar uma palhinha).

Victoria é a capital da província Colúmbia Britânica (não, não é Vancouver) e fica numa ilha no ponto mais ao sul do Canadá na costa oeste do país. Isso torna Victoria a região nacional mais quente e, portanto, um baita destino turístico no verão.



Além disso, devido ao clima, canadenses de todas as partes do país, ao se aposentarem, vêm morar em Victoria. 17,8% da população tem mais de 65 anos. É muito fofo ver es velhinhes na rua, andando de bike, fazendo piquenique. <3

É uma cidade muito florida, com muitos jardins de tirar o fôlego e parques e atividades ao ar livre. Trilha, caiaque, esqui, vela, golfe, tênis... Têm de tudo.


Victoria também tem uma baita universidade. Só pra ter uma ideia, a University of Victoria têm quase 22 mil estudantes matriculados esse ano. Muitos deles vêm de outras partes do Canadá ou até de outras partes do mundo (como eu).

A população é muito gentil e cortês. Os ônibus param sem precisar acenar e todos cumprimentam e agradecem o motorista. Isso foi uma das coisas que me conquistou.




UFA. É muita coisa. Não consigo resumir tudo na postagem, mas muito mais coisas sobre Victoria virão. See you soon!


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O Que Fazer com Dias Livres

Ou "Muito tempo nas mãos, pouca cabeça"

Alô, alô, marcianos!

Depois de muito tempo, voltei para renascer isso aqui das cinzas. Muita coisa se passou. Viagem pela faculdade, provas finais, preparação pro intercâmbio (Canadá, aí vou eu!). Cansa até de lembrar.

Mas agora estou até "sem nada pra fazer". Bem, não estritamente falando, mas com um mínimo de coisas que me mandem fazer ou que eu precise fazer, mais estritamente falando. Isso é muito complicado. Estamos acostumados a  fazer só o que somos exigidos a fazer, porque o tempo para fazer essas coisas já completa nosso dia. Quando não tenho essas coisas... bom... fico perdidassa. (Isso não é um convite para me mandarem tarefas, pelamor.)

Por isso, nesses dias sem aulas ou compromissos mil, estava vendo o que poderia fazer além de jogar Pokémon GO. Aqui vão minhas dicas e o que arranjei até agora.

1. Organize a casa.

É bizarro o quanto gosto de fazer isso. Me dá, além da sensação de papel cumprido, noção do que tenho, do que preciso e do que não quero mais. Muitas vezes ainda temos coisas que não são mais relevante pra onde a gente está da vida, sabe? Roupas, papelada, revistas (quantas revistas!) são só alguns dos itens que mais ocupam espaço do que se usa. Citando a linda Marie Kondo (organizadora pessoal japonesa), "mantenha na sua casa o que te dá alegria".

2. Crie rotinas.

Rotinas são importantes para criar hábitos que gostaríamos de manter. É legal dar um boost e adotar hábitos para continuá-los quando os compromissos voltarem. A falta de tempo é só um dos fatores, mas depois que ir na academia, por exemplo, vira um hábito, fica bem mais difícil de largar. Comigo, ando tentando: comer saudável, tocar piano e desenhar diariamente. O que me leva ao próximo tópico...

3. Comece AQUELE hobby.

Sabe aquilo que você sempre quis saber fazer desde pequene? Aquela coisa que só de pensar dá um brilho no olho? Essa hora é agora. Desenhe, toque um instrumento, aprenda um idioma, crie um blog (opa.), tire fotos... Possibilidades infinitas! Tá ambiciose? Parte pra mais de um! Manda ver!

4. Faça seu manual de instruções.

Isso pode soar estranho, mas é algo meu que passei a amar fazer. Comecei a escrever um diário num formato diferente. Tenho páginas que são mais como historinhas e tenho páginas com listas. Percebo o que me deixa mal e anoto na BAD VIBES. Assim, sei o que devo evitar. Vejo atividades que me deixam feliz e escrevo na SE JOGA. Assim por diante. É uma jornada de autoconhecimento com um método meu, e isso por si só já é autoconhecimento. Pode soar bizarro, mas é interessante. Minha frase favorita ainda é "NÃO DEIXA DE COMER. Você fica um porre com fome." <3

5. Se divirta, mas não se esqueça de tomar fôlego.

Sair com es amigues, virar a noite assistindo desenhos animados (opa.), comer fora pacas, pode soar legal e tudo, mas tem que pensar que esse não é o normal pra maioria das pessoas. Esse "período livre" é temporário (bem, como tudo na vida, mas você me entendeu) e deve imaginar que não vai ser todo o tempo assim. E tá tudo bem! Precisamos de um fôlego de vez em quando.

Espero que eu tenha ajudado quem estiver nessa mesma situação. Quais são as suas dicas para um tempo livre?

Beijocas babadas,
Mari

domingo, 5 de junho de 2016

Como Manter o Foco quando Tudo está um caos

ou "Mari, você precisa de um novo hobby"

Quem me conhece pessoalmente sabe de duas características sobre mim que podem parecer contraditórias:
  1. sou muito agitada, intensa, inquieta, distraída
  2. tenho mania de organização
Sim, amo me organizar. Organizar o tempo, o quarto, os arquivos no computador. Na minha primeira postagem daqui até falei sobre o Vida Organizada, blog dedicado ao assunto. Acessar o blog foi meu primeiro contato com métodos de organização conhecidos, especialmente o GTD (o qual não utilizo pois não controlo minha agitação o suficiente para usá-lo).

Hoje, tratarei um pouco da epifania que eu tive para lidar com minhas tarefas e quais meus métodos favoritos de organização.

Como disse, sou agitada (agitada é eufemismo). Minha cabeça é um turbilhão de coisas que de tão embaralhadas são só um grande borrão. E aí eu tento fazer de tudo um pouco ao mesmo tempo. E, surpresa, não dá. Pode parecer super simples, mas é algo que eu demorei muito pra perceber.

Com essa alternativa de ser multitarefa descartada, precisava achar um jeito de me focar. "OK. Hoje eu só vou estudar." 15 minutos depois estava eu deitada no sofá mexendo no celular. Logicamente isso aconteceria, estudar 6 horas sem parar não é animador. Como conciliar então e conseguir motivação e foco?

TÉCNICA POMODORO

Tem nome de molho de tomate, mas é uma técnica de gestão do tempo. Criada por Francesco Cirillo, consiste em simplesmente, usar um timer. Mas não pra qualquer período de tempo. 25 minutos. Sem interrupções ou distrações. Depois disso, parabéns! Você merece um descansinho, mas não se empolgue. São só 5 minutinhos, mas já são o suficiente pra descansar a cabeça. 4 tomatinhos depois, você tem até 30 minutos de descanso. Mais detalhes, no site oficial da técnica.

Pode parecer metódico demais, mas, repito, é o que funciona pra mim. Cada um arranja o método que funciona melhor. Não tem certo ou errado.

timer fofo não incluído

BULLET JOURNAL

Sempre usei agendas e quem sabe, sabe: nunca acharemos uma agenda com todos os módulos, seções que precisamos. Assistimos aqueles vídeos de planner incríveis americanos que nunca chegam por aqui e babamos muito. Queria uma solução personalizada e, bem, acessível financeiramente.


O que você precisa: um caderno e uma caneta. Os bullets são simbolozinhos que você escreve ao lado do que você precisa lembrar pra identificar o que eles são (ex: bolinhas são eventos, pontinhos são tarefas, tracinhos são anotações). A intenção é ser rápido e feito sob medida. Quando você pesquisa pelo bujo (apelido carinhoso), você vê como cada um é diferente e reflete o que @ don@ dele quer.

Ainda não considero o meu suficientemente bom pra postar aqui. (Só estou usando há uma semana e não encontrei o layout perfeito ainda.)

Bem, gente, esse post foi meio curto e rápido, porque eu precisaria de um post só pra cada método e sipá mais, mas queria deixar algo pra vocês nesse domingo. Espero que eu tenho inspirado alguém, quem sabe?

Beijocas babadas.

Mari
SalvarSalvar

sábado, 28 de maio de 2016

5 Perfis do Insta que Fuço todo Dia

Ou "invejinhas fotográficas"

Amo fotografia. Para vocês terem uma ideias, a memória do meu celular é composta de 70% fotos e 30% outros. Considero o Instagram uma ferramenta que popularizou bastante o trabalho de fotógrafos profissionais e amadores e aumentou exponencialmente a minha frequência de cliques (e de tempo gasto com meu celular).

Deixando claro, não sigo só cinco perfis. Escolhi com um critério inventado que misturava mais recentes e que mais acesso. Espero que gostem e que inspirem fotinhos. (BTW: meu perfil é @fricafreak.


@ba8ro6 (Barokue)

Conheci o designer de acessórios japonês pelo Tumblr da Tokyo Fashion, site dedicado a fotografar pessoas estilosas em pontos famosos de Tokyo. O estilo andrógino, ousado e único dele me fizeram clicar em "seguir". Assim, pode ser meio diferentão demais, meio grotesco demais, mas funciona pra mim.

@productiveflower (Veronica)

Quando quero motivação pra estudar ou me organizar, é nesse perfil que vou. A Vee é uma estudante de design de 19 anos (!) super dedicada e que usa suas redes sociais para compartilhar seus estudos. (Pode parecer estranho, mas é algo muito grande no Tumblr. Só pesquisar a tag #studyblr.) Suas fotos são claras, minimalistas e muito calmantes. Adoro.

@livingwithbirds (Karynne Honorato)

Objetivo de vida: ter tantos pássaros quanto ela. Super carinhosos e cativantes, espere um vídeo ou foto nova várias vezes por dia pra te animar. Além do diário dos pequenos emplumados, também tem postagens de cuidados com os passarinhos que já me ajudaram bastante.

@christophercraig_ (Christopher Craig)

Um caligrafista, designer gráfico e artista de mão cheia. Trabalha com vários estilos com cores diferentes e mostra como uma letra pode dizer muito.

@oficinadeestilo (Cristina Zanetti & Fernanda Rezende)

A Oficina de Estilo é uma consultoria de estilo pessoal paulista que já existe há 13 anos. O método delas é que o mais interessante! Com princípios de autoconhecimento, autenticidade, confiança, aceitação e tolerância, passam uma mensagem positiva pelo seu blog e pelo seu Instagram.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Desenhando até a Mão Cair

Ou "É Bom Você Ter um Bom Motivo pra ter Sumido"

Antes de mais nada, há quanto tempo! Para todas aquelas e todos aqueles que me cobraram mais postagens, peço desculpas pela ausência. Juro que era por uma boa causa e vim aqui explicar. Não pra me justificar, mas porque achei que seria interessante compartilhar com vocês.

Vou contar uma historinha antes. Sempre desenhei e sempre tive amigas desenhistas. Sempre amei desenhos animados e animês. Nunca fui muito segura com a qualidade dos meus desenhos, mas também com o que eu sou, né? Ao entrar na faculdade, o convívio diário com a fonte de inspiração que elas eram pra mim, a cobrança com notas e o simples fato que não é um curso exatamente criativo (Administração Pública) deu uma adormecida nessa chama do desenho e da criatividade que eu tinha.

Isso até~

Gente, imagina algo que te fisga de jeito. Imagina. Foi isso. Mesmo. Não tenho palavras para descrever. Mas não foi só o filme. Foi a comunidade de artistas incrível fazendo fan arts de Star Wars: O Despertar da Força maravilhosas, principalmente no Tumblr.


E foi assim que comecei a desenhar pacas. Muita inspiração de todo o lado. O único problema era: "Caramba, meu estilo antigo era tão animê. Como torná-lo único e interessante como esses?" Assim, além de treinar técnica, tentar definir um estilo virou minha prioridade.


Mas de onde começar? Procurei inspiração em alguns lugares, claro...

CORES NEON

Florence González, conhecido no Tumblr pelo nome de usuário floredoodler, tem só 16 anos, mas estilo de sobra!

COMPOSIÇÕES SIMPLES

Sybylline é uma ilustradora francesa freelancer com um traço delicado, simples e feminino. Suas artes são majoritariamente com poucos detalhes e sem cenários e MESMO ASSIM são incrivelmente impactantes e nunca passam a sensação de estarem incompletas.


ANATOMIA SIMPLIFICADA E COM LINHAS RETAS

Anna Cattish é uma ilustradora russa especializada em moda. Seus desenhos sem linhas e formas angulosas são inspiradores.


Bem, acho que deu pra entender a ideia. Não vou abandoná-los de novo e também vou atualizá-los sobre meu progresso. :)